A partir do meu encontro musical com o compositor uruguaio Jorge Drexler passei a me apresentar com frequência em alguns países da América do Sul, principalmente Uruguai, Argentina e Chile. Cada vez conheço mais e mais artistas hermanos e ao mesmo tempo percebo o grande engano de nossa parte em ignorar praticamente toda essa produção de música sulamericana.
O festival Soy Loco Por Ti America é uma oportunidade de experimentar o que seria esse “beijo de línguas” entre o Brasil e seus hermanos. Um grande privilégio é poder pensar as duplas que, de alguma maneira se combinam, para promovermos esse grande encontro, essa grande noite, esse grande show.
Quando soube que os colombianos Aterciopelados (Andrea Echeverri e Hector Buitrago) já haviam estabelecido uma estreita relação musical com Fernanda Takai (Pato Fu) a idéia de juntá-los pela primeira vez num palco me dominou completamente. Um encontro que já vinha se desenhando e conseguimos realizar.
Em 2003 cantei pela primeira vez no Teatro Solis, em Montevideo, e fui apresentado a Fernando Cabrera, conhecido compositor uruguaio que me impressionou pela voz cortante e pelas canções cheias de poesia. Convidei o grande compositor carioca Pedro Luis para dividir o palco com o Cabrera porque sei que os dois vão transitar muito bem entre canções, sambas e candombes.
Em um dos concertos que fiz com Kevin Johansen, o argentino Lisandro Aristimuño abriu a noite com suas canções delicadas e sua voz doce. Fiquei impactado com a sonoridade do seu show e dos seus discos. Delicadeza e qualidade que Marcelo Jeneci também transborda em suas lindas canções.
Numa de minhas idas a Santiago (Chile), gravando um programa de televisão, assisti um video-clipe de Francisca Valenzuela. Fiquei imediatamente encantado pela sua performance. Linda voz, conduzindo ao piano suas canções expressivas. E vi na talentosíssima Ana Cañas a possibilidade de uma dupla de atitudes complementares.
Cinco países, duas línguas, uma música.
Agradeço ao CCBB e à Tema Eventos por esse privilégio.
PMoska